Natural de Mato Grosso, Simone Ponce, empreendedora de impacto socioambiental, se mudou para o litoral norte da Bahia para estudar sobre as abelhas. O que começou como uma busca por compreender mais sobre métodos de medicina alternativa acabou se transformando em uma ideia de negócio que promove a preservação de abelhas nativas e movimenta mais de 250 apicultores.
Após 16 anos buscando o motivo das dores que sentia no corpo, Ponce foi diagnostica com fibromialgia, em 2020. Entre outros sintomas, a doença é conhecida por causar dores generalizadas, distúrbio de sono e fadiga. “Com o diagnóstico, vem também uma sentença, que eu me recusei a aceitar. Assim, eu fui começar a aprender um pouco sobre os tratamentos naturais”, afirma Ponce.
Enquanto procurava formas alternativas de tratamento, a empreendedora foi apresentada à apiterapia, medicina alternativa que utiliza produtos de origem das abelhas. Conforme foi estudando sobre o universo e conhecendo mais sobre os apicultores, Ponce percebeu que, apesar da relevância do trabalho, muitos dos criadores estavam fora da cadeia produtiva.
De olho na importância dos insetos para a harmonia do meio ambiente a partir da polinização, que garante a fertilização e produção de sementes, a empreendedora decidiu fundar a Bee2Be, com um investimento inicial de R$ 500 mil.
Criada em 2022, a startup implanta serviços de polinização em fazendas e áreas que precisam de regeneração. Os projetos são operados em parceria com os criadores de abelha locais, entregando para os negócios meios de profissionalização, tecnologia e dados. Para a realização do trabalho, a empresa trabalha com mais de 24 milhões de abelhas.
